
-OOOOW! – Lua exclamou quando se preparava para dormir, segurando o telefone entre o rosto e o ombro – Vai com calma aí neném. – levantou o lençol que cobria a cama e se enfiou embaixo dele.
-O que houve, Lua?– Sophia perguntou ao escutá-la.
- Está chutando. Você insiste que é uma menina, mas acho que é um menino e vai ser um grande jogador de futebol pelo jeito. Ai. – Sophia riu do outro lado da linha.
-Que frescura de não querer saber o sexo, Lua!– Lua suspirou passando as mãos em seu ventre, que com quase seis meses quase já a impedia de ver os próprios pés.
- Não quero Soph, não ter nenhum contato maior do que eu já tenho se é que você me entende... Não me apegar. Sabe, acho que ele vai puxar ao Thu e não a mim.
-Por que diz isso?
- Minha barriga está enorme, está na cara que não vai herdar a minha baixa estatura.
- Ai, Lu. Só você mesmo, vou desligar para você dormir.
Lua se despediu de Sophia e desligou o telefone. Varias vezes se pegava falando sozinha, cantando para o bebê, seria possível ficar ainda mais envolvida com ele do que já estava? Como se não bastasse ter que ficar isolada dentro de casa. Agora que Arthur tinha que se manter longe, ela passava o dia todo sozinha quando Melanie não estava. Finalmente os seis meses de repouso absoluto estavam acabando.
Lua sentiu os olhos arderem ao abri-los. O sol jorrava para dentro do quarto iluminando todo o cômodo. Ela se levantou e tomou um banho. Tudo era feito com muita cautela, descer as escadas era apenas para extrema urgência. Mas os seis meses estavam completos. O dia estava absurdamente quente, e ela se aproveitou para desfilar com seu novo corpo. Vestiu um top branco e um short. Prendeu os cabelos em um coque mal feito e desceu as escadas cuidadosamente.
Como sempre, não deveria haver ninguém dentro de casa. Ligou a TV em um canal de clipes, deixando o volume extremamente alto e começou a dançar pelo meio da sala. Não sabia mais o que era sentir-se livre... Três meses trancada dentro do quarto não fora fácil. Tentava acompanhar o ritmo em que as mulheres da TV dançavam, porém com dificuldade por causa da barriga.
Arthur apareceu na escada apenas com uma bermuda que havia dormido e ficou a observando dançar no meio da sala.
- Uau, nem parece que acabou de escapar de um aborto. – ela se assustou ao ouvir sua voz.
- AH! Desculpe, eu não sabia que você estava em casa. – disse com um sorriso tímido. Ele desceu as escadas enquanto ela pegava o controle para abaixar o volume.
- Não temos nos visto muito ultimamente , não é? – A cada passo que ele dava para frente, Lua dava um para trás.
- É, e ela não vai gostar se o vir aqui embaixo.
- Ela não está em casa. – ele falou aproximando-se mais ainda dela. Lua estava encurralada entre a parede... E ele.
Lua sem saber o que fazer quando ele colocou as mãos contra a parede impedindo que ela saísse. Involuntariamente prendeu a respiração, sentir o cheiro dele era tentador demais.
- Lua, respira. – ele disse sorrindo. Lua soltou o ar e o puxou com força.
- Eu vou na cozinha e... – tentou se afastar, mas foi inútil.
- Ah, não vai não. – Lua tentou sair por de baixo de seu braço, porém ele fora mais rápido pressionando seu corpo ao dela. Lua sentiu uma corrente elétrica percorrer sua espinha ao sentir o contato de sua pele com a pele quente dele. Seus rostos estavam próximos demais, seus narizes se roçando.
- Isso n-não está c-certo. – ela vacilou nas palavras e mordeu o lábio inferior, o que o deixou ainda mais tentado a beijá-la. Ele passou as mãos em volta de sua cintura e aproximou-se o máximo que pôde. Mordeu o lóbulo de sua orelha delicadamente e sussurrou palavras em seu ouvido que Lua não conseguira processar.
- Se Carla chega... – ela murmurou com seu peito arfando.
- Não vai chegar. – roçou seus lábios nos dela enquanto suas mãos passeavam por sua cintura e costas.
Lua já não poderia mais se render, chocou seus lábios nos dele o beijou com fervor, envolvendo seus braços em volta de seu pescoço. Arthur sorriu vitorioso entre o beijo, a pegou nos braços e subiu as escadas a levando até o quarto onde estava. A deitou na cama e correu até as janelas, as fechando para que o sol não entrasse mais. Deitou-se ao seu lado e passou as mãos por seus cabelos. Lua afogou-se em seus beijos novamente. Arthur então deitou-se por cima dela e a beijou. Um misto de sentimentos envolveu Lua, e o melhor deles aflorou: o prazer. Arthur começou a tirar o top de Lua mais ela o interrompeu dizendo:
- Agora não Arthur!
Lua estava confusa, querendo e ao mesmo tempo não querendo. Tudo fora incrivelmente fácil para Lua, comparado a primeira vez. Estavam ambos nas nuvens, era como um sonho. Dante daquelas quatro paredes era como se nada além deles existisse. Arthur observava enquanto Lua adormecia ao seu lado. Puxou o lençol que cobria seu corpo e passou a mão sobre seu ventre cada vez mais saliente. Era seu filho que estava ali e naquele momento era o filho dele e de Lua, Carla não passava de um verdadeiro pesadelo... Mas, contos de fadas não existem.
aMANDO A WEB PERFEITA POSTA MAIS!
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