
Arthur desceu as escadas procurando pelas chaves do sótão, em algum lugar teria que ter alguma cópia. Nada. Pegou a caixa de ferramentas e subiu novamente.
- Calma, Lu. Respira, eu vou te tirar daí. – ele dizia enquanto tentava pegar alguma ferramenta com as mãos trêmulas.
- Rápido...Rápido Thu! – ele a escutava gritar e respirar ofegante. Pegou o martelo e quebrou a fechadura. Chutou a porta que se abriu em um estrondo.
Lua estava encostada na cama com as mãos pressionando a barriga. Ele correu até ela com lágrimas nos olhos. Não conseguia acreditar... Ela estava ali aquele tempo todo.
- Calma, eu vou te tirar daqui Lua.
- N-não! Não dá mais tempo. – ela disse entre os soluços.
- Vai sim. – a pegou nos braços e desceu com ela até o segundo andar.
- NÃO THU, NÃO VAI DAR! – Arthur correu com ela até seu quarto e a colocou sobre a cama. Lua fazia esforço para respirar, lembrando-se de tudo que lera em alguns livros antes de tudo aquilo acontecer.
- Lua, eu vou ligar para uma ambulância... Não sai daqui!
- Eu pareço estar em estado de sair andando por aí?! – ela berrou. Ele sorriu e beijou o topo de sua cabeça. Pegou o telefone e discou o numero da ambulância. Os paramédicos iriam até lá o mais rápido possível.
- THU! NÃO DÁ MAIS TEMPO!
Os gritos de Lua ecoavam pela casa. Arthur andava de um lado para o outro pensando no que fazer, Céus! Como faria um parto? Tudo o que sabia sobre isso era o que havia visto em alguns programas de partos no Discovery Home and Health com Carla.
- Ok. Vou pegar alguns lençóis limpos e você... Você... Continua respirando! – Lua revirou os olhos e o viu correr até a área de serviço. Ela respirava rápido enquanto sentia o suor escorrer pela testa. Arthur subiu com os lençóis e os colocou sobre as pernas de Lua que já estavam na posição certa.
- Eu não vou conseguir, Lua.
- Vai sim. Eu confio em você. – Ele pegou o telefone mais uma vez e ligou para o hospital. Explicou o que estava acontecendo desesperado.
-Acalme-se, senhor. Vou passar para uma enfermeira que lhe dará todas as instruções até que a equipe médica chegue até sua casa.
Arthur esperou que a ligação fosse passada a outra pessoa. Uma voz feminina finalmente o atendeu do outro lado da linha.
-Olá senhor, vou dar-lhe as instruções. Tente me acompanhar. Onde está sua esposa?– ele ignorou qualquer formalidade, sem importar-se com o que a enfermeira dissera.
- Está deitada na cama.
-OK. O senhor precisa colocar os dedos para ver se a cabeça do bebê já desceu.– Arthur ficou parado por um momento. Olhou mais uma vez para Lua sofrendo, não haveria outro jeito.
- Lua, você vai me odiar mas eu preciso fazer isso. – ela arregalou os olhos enquanto o sentia retirar sua calcinha e gritou.
- E-eu acho que já! – ele gaguejou ao telefone tentando ser forte o bastante para não desmaiar ali mesmo.
Você precisa pedir para que ela faça força para baixo.– ele repetiu as palavras a Lua. –Diga para que ela apoie o queixo no peito para facilitar. Fique de olho enquanto o bebê desce. Enquanto ela faz força, preciso que pegue qualquer coisa parecida com um sugador.
Arthur lembrou-se das coisas que Carla havia comprado para o bebê, entre eles um sugador para puxar a sujeira do nariz, aquilo deveria servir. Correu até o quarto do bebê e o pegou.
-Agora– a enfermeira continuou –fique de olho enquanto o bebê desce. Quando a cabeça estiver para fora, peça para que ela pare de fazer força e sugue a boca do bebê para que ele não se engasgue com o líquido. E então peça para que ela faça um esforço menor para que o corpo saia e a ajude.
Arthur fazia tudo o que a enfermeira pedia e repassava para Lua. O celular foi parar no chão ao ver a cabeça no bebê saindo. Os pequenos fios de cabelo já apareciam.
- Está vindo, Lu. Continue fazendo força! – ele dizia apoiado na cama, pronto para receber o bebê.
- AH! EU NÃO CONSIGO! – Ela choramingava.
- Consegue sim, meu anjo, continue, falta pouco agora! – ela continuou até que a cabeça finalmente havia saído. Arthur fez o que a enfermeira pedira, sugando a boquinha do bebê, até que saíra por completo. Arthur puxou o lençol e o envolveu ali enquanto o ouvia chorar. Lua respirou aliviada e deitou a cabeça no colchão sorrindo entre as lágrimas. Arthur pegou o celular novamente.
- O cordão... – ele disse tentando manter a voz firme. Mas não foi preciso quando a equipe médica chegou até o quarto. Enquanto um dos paramédicos se encarregava de cortar o cordão umbilical, Arthur foi até Lua.
- Você conseguiu, viu? É uma menina, uma menina linda! – Lua apenas chorava.
- Eu quero vê-la. – ela sussurrou, cansada.
- Calma, Lu. Respira, eu vou te tirar daí. – ele dizia enquanto tentava pegar alguma ferramenta com as mãos trêmulas.
- Rápido...Rápido Thu! – ele a escutava gritar e respirar ofegante. Pegou o martelo e quebrou a fechadura. Chutou a porta que se abriu em um estrondo.
Lua estava encostada na cama com as mãos pressionando a barriga. Ele correu até ela com lágrimas nos olhos. Não conseguia acreditar... Ela estava ali aquele tempo todo.
- Calma, eu vou te tirar daqui Lua.
- N-não! Não dá mais tempo. – ela disse entre os soluços.
- Vai sim. – a pegou nos braços e desceu com ela até o segundo andar.
- NÃO THU, NÃO VAI DAR! – Arthur correu com ela até seu quarto e a colocou sobre a cama. Lua fazia esforço para respirar, lembrando-se de tudo que lera em alguns livros antes de tudo aquilo acontecer.
- Lua, eu vou ligar para uma ambulância... Não sai daqui!
- Eu pareço estar em estado de sair andando por aí?! – ela berrou. Ele sorriu e beijou o topo de sua cabeça. Pegou o telefone e discou o numero da ambulância. Os paramédicos iriam até lá o mais rápido possível.
- THU! NÃO DÁ MAIS TEMPO!
Os gritos de Lua ecoavam pela casa. Arthur andava de um lado para o outro pensando no que fazer, Céus! Como faria um parto? Tudo o que sabia sobre isso era o que havia visto em alguns programas de partos no Discovery Home and Health com Carla.
- Ok. Vou pegar alguns lençóis limpos e você... Você... Continua respirando! – Lua revirou os olhos e o viu correr até a área de serviço. Ela respirava rápido enquanto sentia o suor escorrer pela testa. Arthur subiu com os lençóis e os colocou sobre as pernas de Lua que já estavam na posição certa.
- Eu não vou conseguir, Lua.
- Vai sim. Eu confio em você. – Ele pegou o telefone mais uma vez e ligou para o hospital. Explicou o que estava acontecendo desesperado.
-Acalme-se, senhor. Vou passar para uma enfermeira que lhe dará todas as instruções até que a equipe médica chegue até sua casa.
Arthur esperou que a ligação fosse passada a outra pessoa. Uma voz feminina finalmente o atendeu do outro lado da linha.
-Olá senhor, vou dar-lhe as instruções. Tente me acompanhar. Onde está sua esposa?– ele ignorou qualquer formalidade, sem importar-se com o que a enfermeira dissera.
- Está deitada na cama.
-OK. O senhor precisa colocar os dedos para ver se a cabeça do bebê já desceu.– Arthur ficou parado por um momento. Olhou mais uma vez para Lua sofrendo, não haveria outro jeito.
- Lua, você vai me odiar mas eu preciso fazer isso. – ela arregalou os olhos enquanto o sentia retirar sua calcinha e gritou.
- E-eu acho que já! – ele gaguejou ao telefone tentando ser forte o bastante para não desmaiar ali mesmo.
Você precisa pedir para que ela faça força para baixo.– ele repetiu as palavras a Lua. –Diga para que ela apoie o queixo no peito para facilitar. Fique de olho enquanto o bebê desce. Enquanto ela faz força, preciso que pegue qualquer coisa parecida com um sugador.
Arthur lembrou-se das coisas que Carla havia comprado para o bebê, entre eles um sugador para puxar a sujeira do nariz, aquilo deveria servir. Correu até o quarto do bebê e o pegou.
-Agora– a enfermeira continuou –fique de olho enquanto o bebê desce. Quando a cabeça estiver para fora, peça para que ela pare de fazer força e sugue a boca do bebê para que ele não se engasgue com o líquido. E então peça para que ela faça um esforço menor para que o corpo saia e a ajude.
Arthur fazia tudo o que a enfermeira pedia e repassava para Lua. O celular foi parar no chão ao ver a cabeça no bebê saindo. Os pequenos fios de cabelo já apareciam.
- Está vindo, Lu. Continue fazendo força! – ele dizia apoiado na cama, pronto para receber o bebê.
- AH! EU NÃO CONSIGO! – Ela choramingava.
- Consegue sim, meu anjo, continue, falta pouco agora! – ela continuou até que a cabeça finalmente havia saído. Arthur fez o que a enfermeira pedira, sugando a boquinha do bebê, até que saíra por completo. Arthur puxou o lençol e o envolveu ali enquanto o ouvia chorar. Lua respirou aliviada e deitou a cabeça no colchão sorrindo entre as lágrimas. Arthur pegou o celular novamente.
- O cordão... – ele disse tentando manter a voz firme. Mas não foi preciso quando a equipe médica chegou até o quarto. Enquanto um dos paramédicos se encarregava de cortar o cordão umbilical, Arthur foi até Lua.
- Você conseguiu, viu? É uma menina, uma menina linda! – Lua apenas chorava.
- Eu quero vê-la. – ela sussurrou, cansada.
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