terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Addicted ² - 33° Capítulo


    



Confesso que me senti um quão zonza ao ver Arthur e Pérola. Senti algumas lágrimas quererem brotar dos meus olhos, mas logo tratei de limpar de meu rosto com as mãos qualquer vestígio de choro, tentando convencer a mim mesma que eu deveria parar de ser a princesinha que tem de esperar o príncipe tomar alguma decisão. Arthur esbanjava suas risadas por alguma coisa que Pérola fala, e seus olhos percorriam o shopping, provavelmente procurando um lugar para sentar-se. E nessa procura, ele me encontrou, seu sorriso se desmanchou, e algo no meu coração ainda dizia que ele estava um pouco ao menos constrangido. Ou talvez ele esteja se perguntando como eu reconheci o mesmo com aquele disfarce ridículo, bem... Eu também não sei, só sei que quando ele está perto, mesmo sem eu saber, sinto meu coração disparar. Levantei e andei automaticamente para a saída do shopping, estacionamento, na verdade era como se eu não soubesse de nada, eu me sentia tonta, e minhas mãos foram direto a barriga, e eu achei que desmaiaria ali mesmo. Tentei me convencer que logo que quando os papéis do divórcio saíssem, tudo ficaria bem. Ah sim, nessa última semana contratei um advogado para planejar o divórcio, mesmo que me doa muito, Arthur está com Pérola, e não comigo. Quando olhei a minha volta já estava no estacionamento, e algumas lágrimas trapaceiras conseguiam escapar dos meus olhos, peguei meu celular e olhei uma foto. Eu a tirei na primeira semana depois do parto de Ane, ela havia eu, Diego, Arthur e Ane em seus braços. Eu amo meu marido, eu amo meus filhos! Minhas pernas falharam, mas antes que eu caísse duas mãos me seguraram. Maker? Sempre é o Maker. Mas não, agora não é ele... É Arthur, ele também está com os olhos cheios de lágrimas, pareciam tão sinceras, ele me olhava com um brilho nos olhos, que eu garanto que estava retribuindo.
[Ouça a música clicando aqui]
"Lua... Está tudo bem amor?" Ouvir ele me chamar de amor arrepiou meus cabelos da nuca, eu estava sem palavras, então só concordei com a cabeça, tentando imaginar se isso seria um sonho, e se a Lua maligna apareceria de novo. "Lu... Por que um advogado me ligou ontem avisando que você estava pedindo divórcio?"
"Eu... Cansei disso tudo, Arthur. Não estamos sendo marido e mulher, estamos brincando de ser uma família. Diego e Ane ficam mais com as babás do que conosco, eu e você vivemos brigando... Por mais que meu coração te ame muito, ele está muito separado do seu, ok? Eu não vou ser uma daquelas esposas que vivem esperando o marido largar as amantes! Eu não sou uma daquelas mulheres que aceitam os maridos procurarem diversão por aí, só para não ver ele me abandonando. E nem adianta dizer que estava bêbado, Arthur! Eu venho hoje comprar alguma coisa para os nossos filhos, contando o que está dentro de mim, e vejo você com ela... É humilhante, nós nem mesmo se separamos ainda." Disse tudo tão rápido e esperei sua resposta, algumas lágrimas escorreram dos seus olhos.
"Lua... Quando eu fiquei sabendo que você queria se separar de mim eu fiquei desesperado, sei que você deve estar querendo meu corpo enterrado a 7 palmos da superfície, mas eu precisava se alguém, ao menos para me distrair, eu te amo, eu nunca te trairia, e se trai, juro que me amaldiçoo até hoje. Eu quero ter esse filho junto com você, eu não quero divórcio, eu te amo, tanto... Tanto..." Ele me abraçou e eu mexi em seus cabelos com delicadeza, meu coração estava derretido ao ver um homem como Arthur chorando por mim e dizendo que me ama. Afinal, ele me ama.
"Eu também te amo Arthur, muito..." Coloquei meu dedo em seu queixo e levantei seu rosto, e vi um sorriso de canto de boa, aqueles que ele faz e tira o folego de qualquer mulher. Mas eu não pudi pensar muito, porque de um minuto para outro sua boca estava cobrindo a minha, e suas mãos apertavam a minha cintura. O beijo era tão cheio de paixão e ao mesmo tempo tão cheio de desespero.

Everyday feels like a Monday

There is no escaping from the heart

Now I wanna put it back together

'Cause it's always better later than never

Wishing I could be in California

I wanna tell ya when I call ya

I could've fallen in love

I wish I'd fallen in love


Passei minha mão nos seus cabelos e senti o quão macios eram, e o quanto eu sentia falta daquilo. De mim e de Arthur. Ele começou a andar de acordo com o beijo, e ele me levantou me pondo em cima de um carro, parei o beijo e percebi que o carro era seu, suas mãos entraram dentro de minha blusa.
"Arthur! Estamos em um estacionamento..." Disse com o pouco de sanidade que eu tinha, eu tinha que falar aquilo, mas meu corpo implorava pelo de Arthur, e eu me sentia em chamas.
"Um estacionamento vazio, o destino está nos ajudando..." Então eu reparei o estacionamento, ele tinha razão. Ali era um shopping em que muitas pessoas iam, no entanto, estava vazio.
"Está vazio agora, mas alguém pode aparecer..." Dei um gemido em protesto, Arthur realmente parecia fora de si... O Arthur que eu conheço.
"O carro..." Ele olhou para mim incerto, e eu corei horrorizada. No carro? No estacionamento de um shopping?[N/A:Galera, quem não gosta de hot, pare um pouco a leitura, e quando acabar essa parte eu coloco um aviso, até porque, se você não ler, vai entender do mesmo jeito ;)] Mas antes de eu poder dizer o quão errado isso seria senti sua boca em meu pescoço e aqueles arrepios voltaram, senti meu corpo ser prensado contra a porta do carro, enquanto ele procurava as chaves, no minuto seguinte estávamos no banco traseiro. Suas mãos passavam por debaixo da minha blusa procurando o fecho do sutiã. 
"Será que você nunca vai aprender?" Disse rindo e ainda por baixo da blusa abri o sutiã. Ele fez careta, e eu voltei a beijá-lo, ele estava sem camisa, e eu passei a mão sobre seu corpo, tão quente, tão delicioso...
Ele arrancou minha blusa e jogou para qualquer lado do carro, descendo os beijos para os meus seios, distribuindo algumas mordidas sobre meu mamilo direito, e ia passando o dedo devagar sobre meu seio esquerdo, sabendo que aquilo me fazia arrepiar-me. Arfei me entregando a ele, suas mãos envolveram minha cintura e ele me prensou ainda mais sobre a janela, uma de suas mãos foi descendo até minha calça, e com um certo desespero ele a desabotoou. Sua mão entrou dentro da minha calcinha e foi em direção ao meu clitóris, fazendo alguns movimentos, e eu dei um gemido que para ele foi quase como um "vá em frente", ele me penetrou 4 dedos, e eu dei um leve grito pela tortura, seus beijos foram descendo de meus seios a minha barriga e eu entendi o que ele ia fazer, e uma certa ansiedade tomou conta de mim, mas antes que ele prossegui-se, ouvimos batidas no vidro do carro, e havia um velho senhor com uniforme. [N/A: Podem ler]
"Aqui é um local de família!" Ele gritava horrorizado, para ter certeza de que nós estávamos ouvindo, e eu achei que estava quase igual a um pimentão. "Olha, sei que vocês jovens tem vontades, mas por favor, podem se arrumar e parar com isso antes que mais alguém veja? Caso não, terei de chamar a polícia!" Arthur deu uma risada baixa, enquanto eu lhe dava um tapa na cabeça, aliás, ajudaria muito se ele tirasse ela da minha barriga, a essas horas o senhor de cabelos e barba grisalha devia achar que nós somos pervertidos sexuais! 
"Sim senhor..." Gaguejei um pouco, ainda com vergonha. "Nós... Prometemos que não vamos mais fazer isso..." O senhor assentiu desconfiado, e resmungava baixinho. 
"Esses jovens de hoje em dia... Na minha época andar de mãos dadas era ousadia, hoje eles se agarram em estacionamentos!" Quando o velho já estava longe do alcance, Arthur começou a rir. 
"Cara... Você tem que ver sua cara, você está muito vermelha, mas ainda é sexy..." Ele disse mordendo o lábio, e eu o olhei horrorizada pelo fato de ele ainda ter malícia depois do flagra vergonhoso. Avistei meu sutiã e minha blusa jogados pelo chão do carro e os peguei rapidamente, me vestindo. "Maldito! Tinha que aparecer logo agora?" 
"Pare de reclamar! Vou voltar para o shopping, Soph deve estar me procurando, nós vamos comprar algumas coisas para as crianças..."
"Sophia está grávida, eu sei... Você também." Ele sorriu bobo. "Posso ajudá-las?" 
"Não, você está acompanhado, lembra?" Disse com uma certa ironia, e parece que ele não notou. Sai do carro, tentando em vão arrumar meu cabelo, mas agora um sorriso singelo escapava nos meus lábios. Corri para dentro do shopping, vendo o velho que nos interrompeu no carro, e ele fez olhar feio para mim. Andei um pouco pelo shopping, e senti uma mão me puxar. 
"Óh céus! Você está bem!" Sophia me abraçava, e eu revirei os olhos. Ela parecia bem mais desesperada do que Diego. "Vamos! Eu achei algumas coisas lindas numa lojinha aqui, e ela fica de frente com uma vitrine super linda, tem uns vestidos tão..." Sophia parou de falar para respirar, e começou a me analisar. "O aconteceu?" 
"Aconteceu? Não aconteceu nada!" Sophia levantou uma das sobrancelhas. "Está tão na cara assim?"
"Sim... E mesmo que não estivesse, eu te conheço. O que aconteceu?"
"Depois eu te conto." Ou não... Mas ela não precisa saber dessa parte, não? 
"Ok, vamos!" Ela me empurrou para a loja de cores amarelas cintilantes, Sophia logo sumiu de vista, me deixando a sós com meu filho, finalmente.
"Hey príncipe, vai querer o que?" Disse com uma certa melação de mãe coruja na voz, apertando as bochechas de Diego.
"Mãe... Eu já cresci!" Ele disse um quão emburrado.
"Quando? Acho que perdi isso então!" Disse rindo. "Tudo bem, meu pequeno homem príncipe, o que quer?"
"Eu achei alguns carrinhos e uma pista, e também tem um dinossauro de pelúcia, mas... Ele a senhora não precisa falar para ninguém, não é?" Ele disse de certa forma meiga, e eu ri.
"Claro que sim, será o nosso segredo, mas tem uma condição, eu quero um beijo super gostoso do meu filho lindo!" Ele sorriu sapeca e me deu um beijo na bochecha, e me abraçou.
"Mamãe... Você ama... Eu e a Ane?"
"Claro que sim Diego! Como eu não amaria meus filhos? Eu daria minha vida por vocês!"
"É porque... Ultimamente você não anda passando muito tempo conosco, mas tá... E o papai?" Me engasguei com as palavras.
"Ér... Seu pai?" Respirei fundo, eu não podia ter medo de responder ao meu filho que eu amava seu pai. "Sim..."
"Então nós vamos voltar a ser uma família muito bonita!" Ele disse feliz. "Mamãe, quando eu vou ver a Estrela de novo?" Ele perguntou um pouco tímido.
"Acho que breve, quando eu for visitar o Maker, você gosta da Estrela?" Ele escondeu o rosto com as mãos.
"Mãe! Para com isso!" Ri novamente. Ele correu até os carrinhos que ele disse que queria, os carrinhos nem eram tão carrinhos assim. Balancei com a cabeça concordando, e ele foi correndo em direção a mais brinquedos, e eu senti meu coração ter uma pequena dorzinha. Eu estava me preocupando demais com meus problemas, e "esquecendo" de ser mãe. Mas isso não se repetiria! Sophia andou ao meu lado, segurando minha mão, e eu não entendi ao certo, e vi Pérola entrando na loja junto a Arthur, com seu disfarce estranho, que Sophia também conseguiu reconhecer.
"Quer comprar e depois voltamos aqui?" Ela disse incerta.
"Mas para que?" Disse sorrindo, e recebendo um sorriso discreto de Arthur para mim.

Um comentário:

  1. amore criei a minha primeira web queria que vc lesse http://esquecaoquepassou-luar.blogspot.com.br/ o nome da web é e foi assim a minha história
    ela é capitulo unico
    comente no meu blog

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